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Boas práticas de manutenção e uso do sistema de freios

Raulincom Silva, coordenador da Assistência Técnica da TMD Friction, destaca como melhorar o desempenho e a durabilidade das peças que garantem a segurança no trânsito

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O sistema de freios é essencial para a segurança no trânsito, exigindo uma série de cuidados. “Além da manutenção preventiva completa e da substituição necessária de componentes, é essencial adotar práticas de condução que minimizem o desgaste dos freios, como evitar frenagens bruscas e desnecessárias”, comenta Raulincom Silva, coordenador da Assistência Técnica da TMD Friction, multinacional detentora da marca Cobreq, parceira da Rede PitStop Groupauto Brasil.

“A compreensão e a resposta adequadas aos sinais de comportamento do veículo, como luzes indicadoras no painel, são também importantes alertas para prevenir falhas no sistema de freios”, acrescenta. Outro cuidado importante é guardar as notas fiscais, das peças e serviços, para o acompanhamento das datas de manutenção.

E, por falar em compra de peças e contratação de serviços, vale a pena destacar que a proteção do sistema de freios começa pela compra de produtos e serviços adequados. “Ressaltamos também a importância da escolha de peças de qualidade e a preferência por oficinas especializadas, garantindo a eficiência e a confiança nos serviços prestados, contribuindo para a longevidade do sistema de freios e, consequentemente, para a segurança de todos no trânsito.” Confira mais dicas na entrevista a seguir.

Quais são as práticas recomendadas para a manutenção preventiva do sistema de freios?

Raulincom Silva — A manutenção preventiva é essencial para garantir a segurança do veículo, uma vez que o sistema de freios funciona com peças consideradas “de desgaste”, como pastilhas e discos de freio. Além do mais, trata-se de um sistema que praticamente fica exposto, recebendo as variações do meio ambiente, como chuva e terra, e das vias por onde transitam, como pedregulhos, sujeira do asfalto. É de extrema importância a escolha de peças de alta qualidade e a contratação de mão de obra qualificada, seguindo sempre um cronograma rigoroso de revisão. Isso inclui a verificação regular de todos os componentes do sistema, como pastilhas, discos, fluido de freio e linhas hidráulicas. Deve-se também limpar e ajustar o sistema periodicamente para evitar corrosão e a acumulação de detritos, que podem comprometer o desempenho dos freios.

Com que frequência os freios devem ser verificados e o que deve ser observado durante essa verificação?

Raulincom Silva — Deve-se verificar os freios conforme a frequência estabelecida prevista nos manuais de manutenção dos veículos, porém pode-se fazê-lo a cada 10 mil quilômetros ou um ano, o que acontecer primeiro. Mesmo com esse parâmetro, é importante estar atento a sinais de que os freios precisam de atenção imediata. Isso inclui ruídos ao frear, como chiados ou rangidos, redução na eficácia do freio, vibrações no pedal do freio ou no volante. Durante a verificação, além de inspecionar pastilhas e discos, deve-se observar o nível e a condição do fluido de freio, verificar se há vazamentos no sistema hidráulico, inspecionar as mangueiras e conexões em busca de sinais de desgaste ou danos e checar o estado das pinças de freio e dos tambores, se aplicável.

Quando os componentes do sistema de freios devem ser substituídos?

Raulincom Silva — A substituição de componentes do sistema de freios deve ser baseada numa avaliação detalhada de um profissional qualificado. Pastilhas de freio geralmente têm indicadores de desgaste que facilitam a determinação do momento certo para a troca. Discos de freio devem ser inspecionados quanto a desgastes, riscos profundos ou empenamento. O fluido de freio deve ser substituído conforme as especificações do fabricante, geralmente a cada ano ou a cada 10 mil quilômetros, mas também sempre que se observar deterioração, contaminação e validade. Componentes de borracha, como mangueiras e vedações, devem ser substituídos se apresentarem rachaduras, vazamentos ou outros sinais de deterioração, para garantir a integridade do sistema hidráulico.

Quais são algumas das últimas inovações em materiais de frenagem ou tecnologia de freios que estão melhorando a segurança dos veículos?

Raulincom Silva — As inovações tecnológicas dos ADAS (Sistemas de Assistência Avançada ao Condutor), a despeito de estarem baseadas em uma série de equipamentos eletrônicos, como câmeras, sensores e até radares, laçam mão do uso do sistema de freios para funcionarem, como é o exemplo do Sistema de Permanência em Faixa (LKS), do Controle de Velocidade Adaptativo (ACC) e do Assistente de Frenagem de Emergência (BAS). Compostos cerâmicos e de carbono estão sendo cada vez mais utilizados em discos e pastilhas de freio, oferecendo melhor resistência ao calor e à fadiga. Além disso, sistemas de freios regenerativos, comuns em veículos elétricos e híbridos, representam um avanço significativo, pois convertem a energia cinética em energia elétrica durante a frenagem, melhorando a eficiência energética do veículo. Então, a evolução dos materiais de fricção vem acompanhando as necessidades das novas tecnologias, passando por níveis de atrito adequados, estabilidade dimensional, facilidade de montagem, saúde e meio ambiente.

01/05/2024

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